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Foto do escritorMadalena Paredes

Poder: o sinónimo de responsabilidade social

Atualizado: 15 de set. de 2022

O segundo debate do dia 14 de setembro foi moderado por Kate Beavan, fundadora da New Quebec Advisory e membro da SIGA. Falou-se sobre a responsabilidade intrínseca ao poder organizacional e sobre a importância de parcerias transparentes no mundo desporto.


O Auditório Jerónimo Martins, na NOVA School of Business and Economics, foi palco para uma conversa confortável entre Michael Robichaud, Haley Price, Clementine Painter, Miguel Farinha e Aldo Kafie, moderada por Kate Beaven. Durante uma hora, discutiu-se o lugar das organizações enquanto forças de poder social e económico, assim como as características necessárias para que uma parceria não seja uma parceria a mais.


Clementine Painter, Diretora de Estratégias Comerciais na área da sustentabilidade na ADIDAS, não esconde a preocupação quando perguntada acerca do lugar das mulheres no desporto, um dos tópicos do debate. “Os números falam por si. Todos os anos temos inúmeras raparigas a desistir do desporto porque questões como alterações hormonais e mudanças no corpo não têm a visibilidade e o apoio que deveriam ter. É nossa responsabilidade incentivar e acompanhar estas jovens", através de parcerias com capacidade de resposta social e de compromissos para com os consumidores. Na verdade, para a ADIDAS, o primeiro passo já foi dado. Trata-se da "Breaking Barriers Academy" (Academia Quebrar Barreiras), uma parceria com 15 organizações sem fins lucrativos, com assinatura para 5 anos (prazo que Clementine Painter garante querer prolongar).


Mas quebrar velhos rituais tem-se demonstrado uma das maiores dificuldades no que diz respeito à mudança de atitude por parte de grandes empresas. “Quebrar estruturas há muito implementadas é difícil e leva muito tempo. Não é fácil corresponder às expectativas no mundo do desporto”, explica Michael Robichaud, Vice-Presidente Sénior do Departamento de Patrocínios Globais da Mastercard. “Há muito trabalho por fazer, são centenas de anos que precisam de ser revistos e aperfeiçoados. Mas a mudança está a acontecer”, garante, como nota de tranquilização à audiência. A juntar à questão, discute-se o próprio sistema. Afinal, “as gerações dão cada vez mais importância a questões culturais e sociais, mas as coisas continuam a ter um valor monetário, valor esse que nem sempre pode ser suportado pelas equipas".


Para o painel de intervenientes, uma coisa é certa: é urgente a contratação de profissionais que se preocupem com os problemas do século XXI ‒ sustentabilidade e igualdade, com o principal foco ‒ e que não sigam apenas ordens de alguém que lhes é hierarquicamente superior a nível profissional.


Aldo Kafie, Vice-Presidente Sénior da Octogan, é da opinião que “um verdadeiro acordo comercial tem de ser genuíno, com perspetivas pessoais e não apenas económicos”. Haley Price, Diretora de Sports Sponsorships da Tata Consultancy Services, não esconde concordar. Com um olho no negócio e outro na mudança, Haley, a diretora que não tem medo de ligar aos parceiros de negócio a qualquer hora porque acredita que “não existem barreiras” e que é “necessário saber tudo aquilo que se passa com transparência e confiança”, acrescenta uma palavra de encorajamento a todos os jovens que estejam ligados ao desporto: “certifiquem-se de que a vossa base é consistente. Preocupem-se, em primeiro instante, em pequenas ações que possam fazer a diferença sem nunca perder o rumo do vosso objetivo a longo-prazo”.



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