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  • Foto do escritorInês Galrito

O "canudo" que promete revolucionar o futuro desportivo

No âmbito da celebração da Women on Wednesdays, ao programa do terceiro dia do evento não escapou a discussão sobre a liderança feminina no desporto. Num painel de luxo, que contou com a presença de mulheres no comando da área desportiva, conhecemos Mary Davis, professora na Jackson School of Global Affairs de Yale. E foi com um sorriso na cara e muita curiosidade no bolso que ouvimos falar do novo curso de Yale, em parceria com a SIGA, intitulado de “Female Athletes: Fashion, Governance and Equity” (em português, 'Mulheres no Desporto: Moda, Governação e Igualdade').


Foi no 50º aniversário da criação do Title IX, lei americana que consagra os princípios da igualdade e da inclusão para a proteção de estudantes e funcionários vítimas de assédio sexual, que Yale deu um passo em direção ao futuro: uma realidade em que o desporto não tem género, e o género não impõe limitações. Em colaboração com a Sport Integrity Alliance (SIGA), um curso cujo foco recai sobre os direitos das mulheres no desporto foi lançado.


Numa sociedade muito marcada por estereótipos de género, a igualdade está ainda sob construção. Mas é em Yale que o mundo das atletas se tornará a chave para a revolução cultural: foi intitulado de “Female Athletes: Fashion, Governance and Equity” (em português, 'Mulheres no Desporto: Moda, Governação e Igualdade') e toca em pontos cuja sensibilidade de contacto tem de deixar de existir. Aqui, os líderes do futuro são criados através do mergulho no casamento entre a moda e o desporto. No âmbito deste curso, os estudantes irão analisar casos reais na esfera da moda e do desporto que se intersetam desde o tópico da sustentabilidade e de práticas de empregabilidade justa, até ao do empreendedorismo e da boa governação. Para a SIGA, a criação deste curso representa mais um passo dado em direção à concretização da justiça desportiva: “This course is a key component of SIGA’s educational programs to advance good governance in Sport as part of its wider university network” (em português: “Este curso é uma componente crucial dos programas educacionais da SIGA em direção à boa governação no desporto como parte da sua grande rede universitária.”), lê-se no site da organização.


Corremos até Mary Davis, que abandonaria o evento após ter subido ao palco na passada quarta-feira ao lado Emine Bozkurt, Yvonne Nolan, Lorin Hamlin e Jessica Berman, para uma conversa moderada por Katie Simmonds, COO da SIGA: foi aqui que conhcemos esta iniciativa. O curso, que teve início em meados de setembro, conta com uma turma única de 9 alunos, das 11 vagas disponíveis, de homens e mulheres motivados para revolucionar a indústria do desporto: “Nunca houve nada como isto em Yale, devo dizer. Não existem, propriamente, cursos de moda. Existem cursos de gestão desportiva mas nada que se equipare a este ou explore a área das relações internacionais”, disse. Durante o período letivo, os alunos são confrontados com casos reais do percurso da SIGA: “Eles trabalham para a SIGA. A SIGA é cliente deles e eles têm de analisar vários problemas relacionados com a missão da organização e as suas ambições, mas também aspetos em ‘casa’, no campus da universidade, e nos Estados Unidos, para entenderem como as coisas locais que observam se relacionam com o panorama internacional em que a SIGA atua.”


Para além disso, o curso contará ainda com a participação de várias personalidades e entidades que pertencem, ou ambicionam pertencer, à indústria: “Temos várias pessoas da comunicação social a vir às aulas, temos Suzy Wrack, escritora do The Guardian, que escreveu recentemente um livro chamado “A Women’s Game: The Rise, Fall, and Rise Again of Women’s Football”, jornalistas do Boardroom, e ainda John Patricof, CEO e co-fundador da Athletes Unlimited… naturalmente, temos também pessoas da indústria da moda”, partilhou.


Através de uma oferta educativa rara no catálogo de cursos em Yale, “Female Athletes: Fashion, Governance and Equity” promete revolucionar o presente desportivo e contribuir para um futuro ideal. Em geral, Mary Davis garantiu que o novo curso “não poderia estar a correr melhor” e que, afinal de contas, “há ainda muito para dizer sobre o desporto e a moda e como estes se relacionam com a igualdade de género no mundo”.


O episódio do SPORTSCAST em que falámos com Mary Davis estará brevemente disponível aqui: https://open.spotify.com/show/5Su034KKlfJ0gfJIJAkh7b


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