Às 09h20 teve início o primeiro painel do dia, este que é já o terceiro do evento. A sessão, conduzida por Katie Simmonds, Global CDO da SIGA, contou com a presença de António José Silva, Presidente da Liga Europeia de Natação, Densign White, CEO da IMMAF, Frank Lee, Diretor da Certificação do Produto da BSI, David Butler, Manager da Liga Europeia de Rugby, e de Michael Robichaud, Senior Vice-Presidente dos Patrocinadores Globais da Mastercard.
Da esquerda para a direita, António José Silva, Densign White, Michael Robichaud, Frank Lee e Katie Simmonds.
Não saiu na lotaria, mas dizem os entendidos que tornar-se-á um negócio de milhões: falo do SIRVS, o SIGA Independent Rating and Verification System (em português: o Sistema Independente de Rating e Verificação). É uma parte integral do ecossistema da SIGA que visa orientar o desporto e toda a sua indústria numa era de boa governação, integridade, transparência e responsabilidade.
Para Densign White, CEO da IMMAF, trabalhar no desporto, que se encontra atrás da vanguarda da inovação, significa “estarmos a trabalhar num quadro livre, desagregados da experiência tradicional”. Avançou também que por muito que melhorar certas condições seja urgente, inovar não é repentino: “Sentimos que muitas coisas que queríamos melhorar não mudariam do dia para a noite.
António José Silva, Presidente da Liga Europeia de Natação, avança que ao ser eleito, uma das primeiras coisas que decidiu fazer foi comprometer-se com a tecnologia da SIGA, o SIRVS: “A 12 de maio apresentámos em Cascais a primeira fase do sistema da SIGA. Ainda há muito por fazer, mas estamos a trabalhar nisso e está a ser bom.” Por entre as mudanças implementadas, o Presidente destacou: “Criámos uma unidade especializada em casos que se intersectam na temática da integridade do desporto que trabalha internacionalmente, e uma linha telefónica que trata desses mesmos assuntos.” O desenvolvimento neste âmbito tem sido contínuo, e a 27 de outubro será apresentada a 2ª fase do processo. 'Grão a grão enche a galinha o papo', e é pela lógica do provérbio que a Federação caminha: “A boa governação e a integridade não são um problema europeu, mas internacional. Este processo faz-se passo a passo, mas em 2024 esperamos ter atingido os standards platina.”
“As leis nem sempre são justas, mas com esta parceria podemos garantir que seguem uma linha orientadora em torno da integridade”, disse Michael Robichaud. No dia a dia de uma marca que se foca na relação 1-a-1 com o cliente, o SIRVS é muito importante para a tomada de decisões na Mastercard: “Quando o analisamos do ponto de vista desportivo, costumamos pensar que vamos olhar para trás e questionar “como é que tomamos decisões sem isto?” Há regras a cumprir e torna-se necessário termos um sistema onde tudo fica registado para que possamos seguir as linhas orientadoras da marca. Vamos chegar ao ponto onde se não o tens, vai parecer que nem sequer te estás a esforçar.” Foi online que David Butler se juntou à conversa: “Se não trabalharmos em direção à promoção da integridade e da igualdade dentro da equipa, não haverá coesão. Temos trabalhado nos últimos 12 meses nas ideias que temos de implementar mudanças.”
Para muitos, às quartas é celebrado ser-se mulher. Na SIGA a iniciativa está no calendário, e na sequência da Women on Wednesdays, Katie Simmonds não deixou de abordar a representatividade das mulheres no comando: “O que há ainda para trilhar em direção à igualdade?”, perguntou. Densign White tomou o comando e avançou que o quadro diretivo da IMMAF, a Federação Internacional de Artes Marciais Mista, tem como ambição igualar oportunidades: “Mudámos os estatutos da empresa para que houvesse maior representatividade feminina no quadro diretivo, dado que seria a única forma de mudar. Agora, pelo menos 30% dos membros da direção têm de ser mulheres. Ambicionamos chegar aos 50%. Atualmente temos 3 num total de 14 membros que a constituem, mas é um número que queremos que aumente.” Ainda assim, na IMMAF, estabelecer o número mínimo de mulheres na hierarquia interna não foi a única medida implementada: “Recriámos também a comissão das mulheres, e foi algo que inspirou várias federações nacionais a fazer o mesmo. Temos de estar todos ao mesmo nível se queremos desenvolver o desporto, e este é de facto o passo crucial para o atingir.”, concluiu.
Como nota final, Michael Robichaud garantiu que “o mundo está à procura de mulheres que se interessem e que não tenham medo de levantar a mão”. Disse ainda que não só as atletas têm espaço na indústria desportiva: “Mesmo pessoas que nunca tenham praticado desportos na vida, têm a capacidade de partilhar conhecimento imprescindível com a empresa. Cada vez mais há espaço para novas vozes, e as empresas que acham que não vos querem ouvir, provavelmente procuram fazê-lo.” “Como incentivamos mais investidores a caminhar lado a lado com a SIGA e o SIRVS?” foi a pergunta que fechou a sessão. A esta, o Vice-Presidente dos Patrocínios Globais da Mastercard afirmou: “Para tantas marcas que querem evoluir, penso que esta é a área onde deveriam apostar.”
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